O cooperativismo de produção está chegando à região do Vale do Guaporé, em Rondônia. E chega já fazendo a diferença.
A região do Vale do Guaporé abrange quatro municípios: São Miguel do Guaporé, Seringueiras, São Francisco do Guaporé e Costa Marques.
No dia 28 de janeiro de 2022, a Copama realizou um dia de campo em Seringueiras. A Vitrine Tecnológica Safra 2021/2022 foi realizada na Fazenda Tucano, do cooperado Diego Meurer, que é arrendatário da propriedade.
Antes do evento, foram realizados previamente diversos ensaios de pesquisa no local do dia de campo, conduzidos pelo Centro de Pesquisa Agropecuária (CPA), empresa com sede em Cerejeiras e que produz pesquisa para o programa Copama+10.
Vários produtores rurais da região do Vale do Guaporé (e alguns da Zona da Mata) compareceram ao dia de campo. No entanto, o evento realizado em Seringueiras em fevereiro deste ano não foi apenas um dia de campo.
Foi também um coroamento da chegada do cooperativismo de produção para fazer a diferença para a agricultura de grão naquele rico polo rondoniense.
“A Copama trouxe soluções para o cooperado e demonstrou que é uma cooperativa, e não uma revenda”, diz o cooperado Diego Meurer Fernandes, anfitrião do evento.
A própria realização da Vitrine Tecnológica na região do Vale do Guaporé foi uma resposta da cooperativa para atender as necessidades dos produtores que ali exercem suas atividades. “Tivemos diversos problemas com abertura de vagens e apodrecimento de grãos nesta safra de soja e isso foi relatado para a equipe técnica da Copama.
Então, a cooperativa investiu em pesquisas e trouxe uma pesquisadora renomada, a professora e doutora Solange Bonardo, do Mato Grosso, para fazer uma palestra para os produtores e apresentar possíveis soluções”, disse Diego Meurer.
O cooperado da Copama explica ainda que, na palestra da professora no dia de campo, a pesquisadora orientou os produtores a terem cuidado com o uso excessivo de químicos. Ao invés disso, a especialista recomendou que se continue a fazer o que a cooperativa já está fazendo: realizar pesquisas e buscar a solução.
“Com isso, a cooperativa não fez como certas consultorias fazem, que é vender uma solução que não existe, nem fez como certas revendas, que vende um produto para um problema que não temos certeza que vai ser resolvido com aquele determinado químico. Assim, a cooperativa agiu como cooperativa”, disse o cooperado Diego Meurer.
O diretor comercial da Copama, Paulo Henrique Maroneze, afirma que a cooperativa atendeu a um clamor dos produtores – e não somente dos cooperados – da região. “Recebemos o relato dos problemas de abertura de vagens e o consequente apodrecimento de grão e fomos atender a essa necessidade. Junto com os cooperados da região e com a equipe técnica da cooperativa, foi possível dar início a um grande trabalho que vai trazer soluções eficazes para os produtores daquela localidade”, disse o diretor comercial.
O polo conhecido como Vale do Guaporé concentra, segundo dados da Idaron da safra de 2021, uma área de 30 mil hectares de soja, em 206 propriedades. No entanto, todos os produtores da região têm plena certeza que o cultivo de soja (e milho) ainda terá muito que crescer na região. Além disso, a chegada do cooperativismo de produção no Vale do Guaporé já começou a fazer mudanças. E a principal mudança é essa: a compreensão de que uma cooperativa é uma plataforma em que todos buscam soluções para os problemas de todos.